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Mostrando postagens de agosto, 2019

A deslegitimação da tristeza e da subjetividade no processo de adoecimento físico

A noção de saúde no contexto social parece estar naturalizada. É como se por  saúde entendêssemos algo do campo do óbvio. Como se saudável fosse meramente aquele que não sofre de nenhum tipo de perturbação física ou psíquica. No campo dos saberes da saúde o conceito vem sendo discutido há algum tempo. A noção de saúde como ausência de doença parece não ser a mais adequada e a Organização Mundial da Saúde adverte que estar saudável não se restringe a não ter doenças. Por outro lado, saúde como estado de bem-estar pode remeter a um entendimento vago e genérico, pois aquilo que pode trazer sensação de bem-estar varia de acordo com cada pessoa. De todo modo, o que parece indiscutível é que invariavelmente chega, junto a qualquer tipo de adoecimento, a angústia. Geralmente a angústia e a tristeza são relacionadas ao tipo e a gravidade do adoecimento. Algumas vezes estão relacionadas diretamente ao medo da morte. E nesse ponto, perguntamos: em nossa sociedade, há lugar para triste